Da Agilidade Local à Agilidade em Escala: Uma Jornada Sustentável - Gente e Gestão RH
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Da Agilidade Local à Agilidade em Escala: Uma Jornada Sustentável

A necessidade de se escalar agilidade não é e nem pode vir por modismo. Se a sua empresa ainda não tem domínio do Scrum, Kanban, ela nem deve cogitar escalar agilidade.

E o motivo é bem simples: Escalar agilidade numa empresa significa estender os princípios, práticas e a mentalidade ágil para além das equipes individuais e aplicá-los a toda a organização. Imagina fazer isso com times que nem o básico da agilidade conseguem executar da forma fluída?

Vamos discorrer nesse artigo sobre o processo de escalada de uma organização tradicional, mas que já roda agilidade de forma fluida.

1. Ponto de Partida: Onde Estamos

Estamos em uma organização tradicional que:

– Já utiliza Scrum e Kanban em algumas áreas ou times.

– Possui uma estrutura inicial de gestão de portfólio, mesmo que simples e ainda não integrada.

– Tem resultados positivos pontuais, mas sem escala ou previsibilidade. Ainda não aplicam o conceito de times de times.

– Ainda enfrenta silos organizacionais, processos engessados e lideranças resistentes à mudança.

Essa é uma base valiosa. Agora é hora de conectar, expandir e sustentar a agilidade além dos times isolados.

2. O Mínimo Necessário para Ágil em Escala

Antes de sair desenhando frameworks prontos, precisamos entender quais blocos fundamentais sustentam uma agilidade em escala real:

3. Trajetória Recomendada para Escalar Agilidade

Essa jornada não precisa de um “big bang”. E na verdade, nem deve ser!!! Ela pode ser iterativa e incremental, mas precisa de direção clara e alguns marcos importantes.

– Etapa 1: Consolidar a base

Fortalecer o uso do Scrum e Kanban com boas práticas e métricas de fluxo. Implementar formação básica em agilidade para áreas correlatas. Tornar visível a governança do portfólio existente. Iniciar o uso de OKRs para conectar iniciativas à estratégia. Sair do conceito de fazer ágil para o conceito de ser ágil.

– Etapa 2: Conectar Estratégia, Portfólio e Execução

— Amadurecer a gestão de portfólio com cadências ágeis (PI Planning, Syncs, Reviews estratégicos).

— Estabelecer um VMO (Value Management Office) ou área que conecte portfólio, estratégia e entrega.

— Unificar visão de indicadores de progresso com métricas ágeis + OKRs.

– Etapa 3: Orquestrar a execução em escala

— Identificar “grupos de times” que atuam de forma interdependente (articulação entre tribos, value streams, ARTs ou domínios).

— Aplicar cadências sincronizadas de planejamento, dependências e review.

— Iniciar práticas de discovery estruturado com suporte da área de agilidade.

– Etapa 4: Estabilizar, medir e ajustar

— Monitorar o progresso com dashboards de fluxo, engajamento e valor entregue.

— Evoluir o modelo de liderança com práticas como feedbacks contínuos, coaching e delegation poker.

— Coletar aprendizados em retrospectivas sistêmicas (não só de squad).

— Reforçar o aprendizado organizacional: comunidade de prática, treinamentos internos, benchmarking.

4. Evitando Armadilhas Comuns

– Implantar um framework sem entender o contexto

– Escalar times sem clareza de para onde se quer ir

– Conectar áreas de forma forçada, sem alinhamento de propósito

– Medir apenas produtividade e esquecer métricas de valor e aprendizado

5. Conclusão: Escalar é mais sobre cultura do que sobre frameworks

Escalar agilidade não é sobre implantar SAFe, Spotify Model, Nexus ou qualquer sigla bonita.

É sobre alinhar a organização inteira em torno de entrega de valor frequente, aprendizado contínuo e decisões descentralizadas com responsabilidade compartilhada.

É preciso ter um Roadmap muito bem estruturado, com marcos claro e acompanhamento adequado.

Não podemos nos esquecer de mencionar que a gestão de mudanças deve andar de mãos dadas com o Roadmap.

Por último, é importante que o processo aconteça top-down. Do contrário não haverá patrocínio.

Com clareza estratégica, ciclos bem orquestrados e times empoderados, a agilidade em escala deixa de ser um desejo e se torna parte do DNA da empresa.

Contar com uma consultoria como a Gente e Gestão que possui larga experiência em escalada ágil vai te poupar muito dinheiro, tempo e decepção.

Vamos conversar?

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